Thursday, December 1, 2011

Monge 171


O dia começou com outro cafe ocidental. Mas dessa vez numa rede de
cafés que parece ser daqui. O cafe ficava na porta do ueno park.

Entramos no parque e fomos abordados por um monge. O cara nos mostrou
um livro com nome de turistas e doações. Como estava com coração mole
resolvi dar um dinheiro. Em troca me deu uma medalha e uma pulseira.
Bem, na hora que fiz a conversão da moeda tomei um susto. Havia dado
uns 70 dólares. Caímos no golpe do monge.

Indignado sai atras do monge. Por sorte encontrei o 171 de novo,
expliquei que queria dar apenas uma parte da grana, ele nos devolveu
metade. Ainda besta concordei. Depois andando pelo parque fiquei mais
indgnado. Resolvi procurar policia.

Existe uma estação de policia dentro do parque e chegando lá fui
tentar explicar para o guarda o ocorrido. Numa mistura de mímica,
dicionario inglês japonês do iPhone e mímica consegui dar uma idéia do
ocorrido.

O cara ligou e disse que alguém que falava inglês ia falar comigo.
Achei ótimo. Expliquei pro outro policial o ocorrido. O guarda fez
algumas anotações e saímos em perseguição do meliante.

O guarda gordo em sua bike e eu correndo. Chegamos ao local aonde o
safado costumava ficar e nem sinal do cara. Fomos para outro posto
policial. Tive a idéia então de ligar para a amiga da Alana e tentar
uma tradução.

Falei tudo para ela, ela disse que iria explicar para o guarda. Mas
parece que a linha caiu. O guarda ligou de novo falou umas coisas mas
nao entendi se ele estava falando com a minha tradutora.

Falei para eles anotarem meu telefone e me ligarem caso tivessem
alguma noticia. Uma coisa interessante que eles nao me paravam de
perguntar se o monge era japonês. Eu falava que nao sabia. Falava que
parecia, os caras esperavam que eu distinguisse um asiático do outro?
Aí já eh demais.

Viajei pro outro lado do mundo para ser feito de trouxa. Ficamos
contaminados pelo espirito de bondade dos japoneses e nos ferramos. O
raiva. Mas ainda volto ao monge.

Prosseguimos para o museu nacional de tokyo e compramos um regular
ticket, pois o guia michelin soh fala das exposições permanentes e
também nao sou um profundo conhecedor da arte oriental.

Acabou que isso foi uma grande sorte, a fila para o ticket fodao era
gigantesca (fotos).

O museu eh de graça para menores de 18 e acima de 70 ou 65, talvez
isso explique a quantidade absurda de velhinhos. Eh uma velharada sem
noção, e muito mais mulheres que homem (aqui também, a expectativa de
vida das mulheres eh mais alta que a dos homens).

Museu eh museu. Então nao vou ficar falando dos quadros, objetos e
afins. As fotos resumem bem o que vimos.

Dentro do museu existem poucos guardinhas, quase ninguém fica vendo se
as pessoas estão cruzando a linha. Antes de sair do museu duas
simpáticas jovens nos ofereceram uma espécie de cartão postal em
branco para que pudéssemos usar uns carimbos que ficavam numa mesa.
Como nao levo jeito nenhum pra artista o meu ficou uma droga. No final
elas deram a folheto explicativo do significado de cada carimbo.

Existem muitos turistas asiáticos aqui no Japao. Na verdade existem
muito mais turistas orientais que ocidentais por essas bandas.

Em uma das salas, Lemos algo a respeito da porta de correr, todo lugar
aqui eh assim. Com porta de correr, isso economiza espaço. Na verdade
tudo por aqui eh otimizado. Ate a bandeja do fasto Foods eh a metade
da nossa. Os caras otimizam todo o espaço.

Saímos do museu e fomos para o jardim do mesmo. Lugar muito bonito,
aonde um tanto de velhinha lanchava (fiz um vídeo).

Depois do museu ora de ir para o zôo. Zoológico eh uma coisa meio
triste, os bichos são bem deprimidos mas nao podia deixar de vender um
panda ao vivo.

A primeira atracão do zôo era o giant panda! Reparei que os japas são
loucos com panda. Eh um tal de save the panda pra tudo quanto eh
lugar.

Vimos uns bicchos interessantes, tipo um papagaio branco e que falava
japonês :-)

Acho que o único bicho que nao eh deprimido no zôo são os macacos. Ai
da pra fazer um paralelo com os seres humanos. Alem de se acostumarem
com as grades os bichos são exibidos.

De resto, soh o bisão e o urso polar que foram relvantes. De volta a
estrada, o destino agora era a cidade de kamakura.

No zôo vimos diversas excursões de crianças, cada uma usava um chapéu
de uma cor, e os meninos eram divididos em grupos, alguns nem ficavam
com supervisão adulta. Os meninos realmente são comportados, desde
pequenos são sossegados. Para vocês terem idéia, uma menina pequena,
uns 3 anos, caiu no chão e nao chorou! A mãe ajudou a pequena a se
levantar e ponto final.

Andando de volta pelo parque encontramos de novo com o monge 171! E
agora com um comparsa! Procurei um policial e nada! Vi que o safado
conversava com um casal. Depois que ele saiu, fui conversar com o
casal.

Perguntei se os caras eram realmente monges. O sujeito acabava que
sim, mas eram monges da China, nisso um japiins de bike começou a
conversar com a gente.

No começo pensei que era outro vigarista, mas logo vi que o cara era
gente boa. Contei a história dos monges o ele riu, disse que
provavelmente os caras eram tawaneses e que realmente era picaretas.
Que dificilmente um japones faria o que eles fizeram.

Fiquei um bom tempo conversando com meu primeiro conhecido japonês, o
professor Yochiaki. Ele era um professor de inglês aposentado. Quando
falei que era do Brasil ele fez uma cara boa. Disse que como éramos
ricos, os brasileiros, podíamos ser enganados. O cara parecia mesmo
conhecer nosso pais, sobre como a economia esta bombando.

Acabou que fiquei uns 20 minutos batendo papo e ele disse que poderia
ser nosso guia por um dia, pois como era aposentado, every day is
sunday. Peguei os contatos do sujeito e pretendo ligar para ele quando
voltar de Kyoto.

Só uma curiosidade, quando disse que BH nao tinha metro e arregalou o
olho de espanto, ficou perfurando como fazíamos. E quando disse que o
melhor meio de transporte eh o carro ele ficou mais chocado ainda.

Patronos então para a cidade de kamakura. Dessa vez iriamos pegar trem
ao invés de metro. A diferença do metro para o trem eh mínima, a
velocidade eh quase a mesma, o conforto também. Tivemos que fazer
apenas uma baldeacao. Dessa vez andamos bons kms, a cidade ficava a 30
minutos de metro.

Cegando na cidade depois das 4 e a principal atracão da cidade, o buda
gigante, já eatava fechado, tivemos que nos contentar com a segunda
atracão, Tsueugaoka Hachiman.

Esse templo eh bem grande e muito conservado, mas o que realmente
chamou a atenção foi a cidade em si, a sensação de uma cidade do
interior rica.

Caminhando pela rua encontramos espetinhos doce, eles eram de red
bean, isso msm, de feijão. Obviamente tive que provar e obviamente era
ruim.

Andando mais um pouco um "buteco" vendia cerva e espetinhos. Perguntei
se a cerveja era local e ele confirmou. Nao resisti e pedi um copo (morra de inveja baiano e thiagod). A
cerca realmente era boa, bem gostosa. Fomos ao templo, tiramos mais
umas fotos.

Por falar em fotos, eles nunca entram na frente da sua foto, chegou ao
cumulo de um carro de manutenção do parque parar quando viu a gente
tirado foto.

Voltando do templo achei uns picolés japanoses, tive que provar.
Peguei o de cha verde (claro que era o mais bizarro). Uma bosta,
jogeio fora.

Depois comi um suhi de bandejha e fomos para a estação.

De volta para casa, pegamos o trem errado e fomos parar numa estação
sem conexão, tivemos que pegar outro trem, conectar o metro e depois
outro metro. Ainda bem que compramos passes infinitos de trem e metro.

Aqui eles costumam facilitar a vida dos turistas, para tudo tem um passe
infinito ou um passe especial.


Algumas observacoes gerais...
Ontem esqueci de falar da nossa ultima refeição, como o sushi foi
pouco, fomos a uma rede de fast food local. O Sanduba me surpreendeu,
muito bom.

A nossa ida a Apple store confirmou minha observação. Os caras aqui
adora a Apple, no metro o iPhone eh disparado o smartphone mais
poupular.

Voltando a falar de bicicleta, elas sao usadas por todo mundo, velho, novo, homem, mulher, etc. Nao existem ciclovias, eles dividem a calcada com os pedestres e nao vi nenhum problema nisso, tambem nao usam nenhum equipamento de seguranca. Cicilistas sao tratados como pedestres.
Nao lembro se falei sobre a regra da escada rolante, as pessoas que querem ir no ritmo da escada rolante devem ficar a esquerda, deixando a direita livre para quem esta com pressa passar, tirei algumas fotos ontem mostrando isso.
A respeito da limpeza, no parque observei que quanto estao limpando um local eles isolam a area, e sempre tem uns 5, 6 caras limando uma area relativamente pequena, tem fotos mostrando isso tambem.
Os japoneses sao muito prestativos, mesmo sem falar bem o ingles, eles tentam ajudar sempre. Ontem, enquanto olhavavamos o mapa do metro uma mulher se aproximou e perguntou para onde queriamos ir. Turista aqui nao passa aperto, alem de ser MUITO seguro, voce sempre consegue se virar, ate com mimica eles sao prestativos e bem humorados.
Outra caracteristica eh a cortesia do povo aqui, eles agradecem para tudo! E toda loja que voce entra eles te cumprimentam, mesmo que nao compre nada.
Estou viciado nessas maquinas de rua (Vending Machines), sempre que vejo uma procuro uma bebida inetida, deixo uns 120 Yenes e provo um novo drink. Reparem na foto da fanta verde! Por incrivel que pareca, o trem eh bao.
Eles adoram cachorros por aqui, e adoram os da raca basset. Ate agora nao vi nenhum cachorro de rua.
Aqui tambem tem mendigo (foto com um cara barbudo na escada).
Acessibilidade aqui eh coisa seria, todo lugar tem elevador, rampa e marcar no chao para os cegos.
Em todo lugar tem uma cestinha (ou bandejinha) para voce colocar o dinheiro (tireo fotos disso). Eles recebem nessa bandeja e te entregam o troco nela.
Apesar de termos visto lojas de bijouterias, as mulheres aqui nao usam brinco no dia-a-dia, acho que soh usam em festa.
O caca niquel infernal parece que se chama " zero-1 pachinko and slot", alguem googla ai por favor.
O prato que comi, segundo o Rolo eh bem popular, segue a explicacao: trata-se de curry rice, um prato baseado em tempero indiano
(bem picante) que pode ser preparado tanto com carne de boi, porco ou
frango. Geralmente colocam cebola, batata e cenoura no molho.

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